Os professores da rede estadual do rio de Janeiro estavam em greve desde o dia 7 de Junho e completaram 67 dias PARALIZADOS! Foram 67 dias de aulas jogadas no lixo.
A reivindicação era e na verdade é muito justa. Aumento salarial e descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos. O fato é que essa greve deixou a desejar.
Em protesto recente - antes de anunciarem o fim da greve em 12/08 - em uma praia do Rio de Janeiro, o Sepe-Rj (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) conseguiu reunir cerca de 300 profissionais da área que enterraram seus contracheques na areia. A de se convir que 300 é um número muito pequeno se comparado ao número de professores somente da Capital do Rio. Os organizadores da greve conseguiram adesão numérica capaz de “assustar” o governo?
Analisar aqui se a greve é justa, válida ou não, seria caminhar por uma corda bamba e correr o risco de a qualquer momento cometer uma falha imperdoável. Mas o que tem que se deixar registrado é que 67 dias paralisados, sem conseguir fazer “cosquinha” no governador, o Sepe-RJ conseguiu aumento de 3,5% que poderia chegar a 13% com a incorporação do bônus do programa Nova Escola ao salário (graças a um projeto de lei).
Mas não terminou por aí. Com o anúncio dos 3,5%, nas palavras do coordenador do Sepe-RJ, Danilo Serafim: “Estou recebendo várias reclamações dos professores. O pessoal não viu com bons olhos um aumento que está abaixo da inflação e muito longe dos 26% que estamos reivindicando.”
A Alerj aprovou em seguida um reajuste de 5% mais os 13% ditos anteriormente, projeto de lei esse que ainda está sob análise do governador Sérgio Cabral Filho.
O governo também anunciou que quem estivesse em greve teria o ponto cortado. Além disso, caso após o final da greve não haja reposição, haverá corte retroativo.
Acaba que no final de tudo os professores não conseguiram muita coisa e NOVAMENTE os mais prejudicados são os... ALUNOS que de costume já sofrem com uma qualidade baixa dos estudos que recebem.
Com relação à participação na greve, o último balanço divulgado pela assessoria de imprensa da secretaria de educação informava que cerca de 200 professores dos 51 mil regentes de turma estavam em greve. Isso representaria 0,4%. De acordo com o orgão, essa “era uma greve do Sepe, que é um dos sindicatos. A Uppes (União dos Professores Públicos do Estado), outro sindicato, não está em greve”. *isso é articulação???
O sindicato estima que cerca de 60% dos funcionários aderiram ao movimento e 70% das escolas da baixada Fluminense estavam paralisadas. Na capital, a porcentagem é de 50%. No interior, são 30% das escolas que estão sem aula. *acredite se quiser!
http://portal.aprendiz.uol.com.br/2011/08/12/greve-de-professores-da-rede-estadual-do-rio-de-janeiro-termina-depois-de-mais-de-dois-meses/
http://portal.aprendiz.uol.com.br/2011/08/08/greve-de-professores-do-rio-de-janeiro-completa-dois-meses/